quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Sete Véus


 sete véus
A dança dos sete véus não é uma dança folclórica e não tem caráter erótico, apesar de haver rumores quanto a isso. Sua história é pouco precisa e por esse motivo existem muitos mitos e lendas a cerca de sua origem e de seus significados. 
Uma delas nos fala a cerca da pratica no antigo Egito por sacerdotisas dentro dos templos  em homenagem a Deusa Ísis para que lhe desse beleza e força.Representava um ritual de experiências sucessivas de auto-conhecimento até a ascensão espiritual
Também  era realizada em homenagem aos mortos, onde eram tirados não só os véus , mas todos os adereços sobre seu corpo para simbolizar sua entrada no mundo dos mortos, representando assim o desapego dos bens materiais.
Há também a versão de que era realizada em homenagem à Deusa Babilônica Ishtar ou Astarte, deusa do amor e da fertilidade. Segundo os babilônios, Tamuz, seu amado teria perdido a vida e foi levado para o reino dos mortos, e Ishtar, por amor, resolveu ir também para o reino dos mortos a fim de resgatá-lo. Determinada, Ishtar atravessou os 7 portais do mundo dos mortos, passando pelas 7 câmeras que haviam dentro de cada portal e lutando com os 49 demônios guardiões dos portais, Ishtar derrotou e dominou todos os demônios, deixando cair um de seus pertences durante as lutas em cada portal: um véu ou uma joia (cada um deles representando um de seus sete atributos: beleza, amor, saúde, fertilidade, poder, magia e o domínio sobre as estações do ano) Chegando assim, completamente nua ao final do último portal. O véu representaria o que ocultamos dos outros e de nós mesmos. Ao deixar os véus Ishtar revela sua verdadeira essência e consegue unir-se a Tamuz, se tornando senhora do mundo dos mortos, e guardiã das chaves dos portais, que eram abertos somente para os iniciados.
Outra história também disseminada é associação dessa dança à passagem bíblica onde Salomé pede a cabeça de João Batista e em troca oferece sua dança. Porém na Bíblia não há uma referência clara a esta modalidade, mas sim que ela dançou.


De onde veio a simbologia para o número Sete?
Lembremos que a Numerologia nasceu no Egito e veio ao ocidente através do grego Pitágoras. Para Pitágoras, tudo era número. O filósofo transmitiu sua sabedoria a seus discípulos, os quais guardavam absoluto sigilo sobre seu conhecimento. Passado muito tempo, os ensinamentos pitagóricos foram chegando até nós, como ruínas de um templo. O número Sete simboliza a combinação do Três (Céu) com o Quatro (Terra): o 3, representado por um triângulo, é o Espírito; o 4, representado por um quadrado, é a Matéria.O Sete simboliza a totalidade dos mundos. A Dança dos Sete Véus eleva a bailarina em direção à plenitude do conhecimento.

As cores dos véus geralmente são vermelho, laranja, amarelo, verde, azul-claro, lilás, branco. Isso não é uma regra, podendo variar conforme a escolha da bailarina. O tamanho dos véus e a disposição deles no corpo também são de escolha pessoal.
Geralmente o tamanho de cada véu é determinado pelos tipos de movimentos que se pretende fazer com ele e também do local do corpo que se pretende prendê-lo.
Recomenda-se que a roupa da bailarina, embaixo dos sete véus, seja preferencialmente de cor clara e suave, para não competir com as cores dos véus presos ao corpo. 
SUGESTÃO DE COREOGRAFIA:
·      O primeiro véu, vermelho, é Marte e representa a agressividade e a paixão, sentimentos fortes que devem ser deixados de lado para entrar no reino espiritual. É também o chakra base que fica na região da espinha, é o poder da energia sexual, por isso a bailarina normalmente entra como o véu de três metros solto, fazendo movimentos como mistério, deusa, giros e batidas fortes e shimies.
·      O segundo véu, laranja, é Júpiter responsável pelo sentimento de proteção e ajuda ao próximo. Além disso, representa o chackra Esplênico, por isso o véu costuma estar preso e enrolado no quadril. Daí a importância de executar movimentos como batidas laterais, oitos, redondos, tudo que seja na região do umbigo ao quadril.
·      O véu amarelo cobre a barriga da bailarina. Isso porque ele representa o chakra do plexo solar, no umbigo, e também o sol. Ele representa a eliminação do orgulho e vaidade, ao mesmo tempo em que traz esperança e alegria. Na hora de dançar, dê preferência por movimentos com a barriga, como ondulações abdominais, oitos para cima e para baixo e redondos internos.
·      O quarto véu é verde, o chakra cardíaco que também corresponde ao planeta Mercúrio. Costuma ficar preso em um dos braços justamente para mostrar que o ser humano vive em divisão, mas que podem vencer a indecisão e equilibrar seus sentimentos opostos. Aqui, use e abuse de movimentos com os braços e bustos: redondos, braços serperntes simbolizam bem o véu verde. Ele pode ser até menor, já que fica preso ao braço, mais ou menos 1 metro.
·      O antepenúltimo véu, o azul, é Vênus e simboliza o chakra laríngeo. Por isso, ele fica preso ao pescoço da bailarina, mas algumas bailarinas preferem colocar no outro braço, em equilíbrio ao verde. Ele mostra a superação da dificuldade de expressão, ressalta a honestida e a paz interior. Movimentos com a cabeça são os mais usados, mas se colocado no braço, a regra é a mesma para o quarto véu.
·      O véu lilás é o chacra frontal e representa Saturno. É a abertura da consciência para o mundo espirtual. Geralmente ele cobre o rosto da bailarina como chadô e os movimentos são mais serenos e suaves com a cabeça e o olhos e a retirada dele é quase triunfal, pois falta pouco para a sacerdotisa estar pronta para entrar no mundo oculto.
·      O sétimo e último véu é de cor branca e representa a lua e o chakra coronário. É a união de todas as cores e significa a pureza. Ele fica preso à cabela da bailarina como os véus beduínos e você deve fazer movimentos leves, como flutando…giros são bem vindos, principalmente na hora de retirar o véu.

"Com ordem e com tempo encontra-se o segredo de fazer tudo e tudo fazer bem".
Pitágoras











"Com ordem e com tempo encontra-se o segredo de fazer tudo e tudo fazer bem".
Pitágoras

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